Esse paradisíaco e charmoso balneário fluminense tem algo muito peculiar, no verão costuma chover com certa frequência, e para isso vou te falar tudo o que fazer em Paraty com chuva para para aqueles que somente procuram fazer suas trilhas e se esbaldar com as belíssimas praias da região não sinta frustrado num primeiro momento.
Mas o destino que estamos falando é Paraty, que vai além das praias.
Sua fascinante diversidade cultural atrai turistas do mundo inteiro, dando certo ar cosmopolita à cidade, e o resultado disso são as opções de entretenimento, que nos dias de chuva são uma excelente forma de se conhecer mais sobre a rica história desse lugar.
Não são todos que se animam a caminhar pelas ruas do centro histórico com chuva, mas a beleza arquitetônica é igualmente encantadora e quando você tem a oportunidade de descobrir as histórias por trás dessas maravilhas, a chuva, se não estiver muito forte claro, se torna um mero detalhe.
Essa é a proposta do Paraty Free Walking Tour, o passeio guiado que acontece todos os dias (com exceção da quarta-feira) em dois horários: às 10h (em português) e às 17h (em inglês).
Não há necessidade de agendar antecipadamente, é só procurar pela equipe (que estão de camiseta vermelha) que fica sempre na Praça da Matriz nos horários citados.
O passeio dura em torno de duas horas e não há custo, porém, há uma contribuição espontânea que fica a seu critério pagar ou não. Para saber mais acesse o site.
Ah e uma dica, leve guarda chuva ou capa de chuva por precaução.
O que fazer em Paraty com chuva: Alambiques
Você sabia que a palavra Paraty já foi sinônimo de cachaça nos tempos do Brasil colonial?! Isso se originou pela qualidade da aguardente de cana fabricada nessas terras. A cidade chegou a ter mais de cem alambiques, hoje esses números são mais modestos, existem somente sete em atividade.
Porém a qualidade continua e você tem a oportunidade de degustar e visitar alguns desses alambiques são eles:
- Paratiana,
- Engenho D’Ouro,
- Pedra Branca,
- Maria Izabel.
Você pode encontrar facilmente os rótulos das cachaças paratienses nos comércios, mas com certeza a experiência de conhecer, degustar e comprar direto da fonte torna o passeio bem mais interessante.
Alambique Engenho D’Ouro
A cerca de 9 km do centro de Paraty, no km 8 sentido da Serra Paraty/Cunha, está aberto para visitação aos sábados e domingos das 08h30 às 17h15. Com várias opções de sabores, o alambique oferece também cachaças no estilo premium, algumas inclusive com medalhas em campeonatos internacionais.
Alambique Paratiana
Com mais de 20 anos de tradição e fabricação de cachaça, o Alambique Paratiana está aberto à visitação diariamente, das 10 às 17h. Além de conhecer o processo de fabricação e armazenamento em barris de carvalho, você também pode comprar as cachaças e doces típicos paratienses na loja da fábrica. O alambique está localizado na Estrada da Pedra Branca, 1100.
Alambique Pedra Branca
Apesar de relativamente novo, iniciou seu funcionamento em 2009, o Alambique Pedra Branca já é um dos mais conceituados da região. O Sítio Pedra Branca, que abriga o alambique, está em localização privilegiada, no Vale da Pedra Branca e está aberto a visitação diariamente, das 9h30 às 17h. Para informações entre em contato pelo e-mail contato@cachacapedrabranca.com
Alambique Maria Izabel
Além do controle exigente na fabricação de sua cachaça, um dos diferenciais encontrados no Alambique Maria Izabel é a cana utilizada no processo, que é plantada ali mesmo no sítio ou comprada em sítios vizinhos, o que garante ainda mais o sabor e a qualidade do produto.
As visitas ao Alambique Maria Izabel, localizado a 7,3 km do trevo de Paraty, no sentido de Angra dos Reis, devem ser agendadas pelo telefone (24) 99999-9908 ou pelo e-mail contato@mariaizabel.com.
Como todos os alambiques aqui citados estão afastados do centro de Paraty, os visitantes geralmente vão de carro, porém fica o lembrete: se beber, não dirija! Aja com consciência.
O que fazer em Paraty com chuva: Cultura, arte e história estão no ar
A cidade de Paraty respira cultura, história e arte, contando com várias casas culturais, museus e exposições. Passeando pelas suas ruas históricas, você pode adentrar seus ateliês e galerias, contemplar as mais variadas expressões artísticas e culturais, produzidas por artistas locais, nacionais e até internacionais.
Sendo uma das cidades mais antigas do país, fundada em 1667, o acervo histórico dos seus museus é muito importante e bem preservado, além é claro, das suas ruas e casarões, que contam episódios importantes da história nacional. Se a sua passagem pela cidade se passar em dias chuvosos, e você estiver em duvidas do que fazer em Paraty com chuva uma das opções a seguir vão faze-lo esquecer do tempo lá fora.
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Igreja de Santa Rita e Museu de Arte Sacra
Construída no ano de 1722 em arquitetura jesuítica, sendo assim a edificação religiosa mais antiga da cidade, além das funções paroquiais, a Igreja de Santa Rita abriga hoje o Museu de Arte Sacra de Paraty. O acervo conta com centenas de itens, que foram encontrados e coletados nas igrejas da cidade, tanto do Centro Histórico, quanto da área rural e costeira.
As peças datas dos séculos XVIII ao XX têm exposição sazonal, que é programada de acordo com os festejos religiosos realizados na cidade.
O museu está aberto à visitação de terça a domingo, das 9 às 17h, fechando para o almoço, com a entrada no valor de R$ 4,00 (as terças a entrada é gratuita), e possui rampas de acesso e três réplicas do acervo feitas para manuseio, com placas em braile, para visitação e acesso de pessoas com algum tipo de deficiência.
Museu Forte Defensor Perpétuo
O único forte – dos sete erguidos na cidade – que ainda resiste em Paraty. Sua construção original datada no ano 1703 foi abandonada após uma forte crise econômica que acometeu a cidade, e foi somente no ano de 1822 que seus edifícios, já em ruínas, foram reformados e reerguidos.
Foi no Forte Defensor Procópio que se originou a cidade de Paraty, que tinha o nome de Vila de São Roque, somente anos depois que a população viria a construir e se instalar no centro histórico.
O forte, tombado no ano de 1957 pelo IPHAN, possui em três alas na parte interna – o Quartel dos Inferiores, a Casa do Comandante e a ala do Quartel da Tropa; e duas na parte externa – a Praça das Armas e a Casa da Pólvora.
Além de todo o acervo da época em o forte ainda estava ativo, como canhões e armas, ainda é possível observar artefatos preservados da cultura caiçara, como canoas de madeira, caldeirões, carros de boi e tambores utilizados nas religiões de matrizes africanas. O museu também realiza exposições e eventos com o fim de preservar, valorizar e difundir a cultura local.
E mesmo em dias chuvosos, um dos principais atrativos do forte, que está aberto à visitação de terça a domingo, das 9 às 17h, fechando para o almoço, é linda vista que se tem do centro histórico e da Baía de Paraty. O forte fica no Morro da Vila Velha, Praia do Pontal e para mais informações, acesse a página.
Casa de Cultura
Funcionando desde 2004 num lindo e histórico sobrado de esquina, na Rua Dona Geralda, próximo a Praça da Matriz, a Casa de Cultura é administrada pela ONG (organização não governamental) Associação Paraty Cultural, formada por artistas e moradores da cidade, e tem como objetivo preservar, valorizar e fomentar a cultura local.
O espaço, que abre de terça a domingo, das 10 às 18h30, realiza exposições artísticas e culturais, promove cursos e oficinas, além de ser responsável pelos projetos Cinema na Praça e a Casa de Música, tudo isso de forma gratuita aos moradores e turistas.
Nas dependências da Casa de Cultura, você ainda encontra o Café Cultural, onde você pode saborear as delícias locais observando e contemplando as exposições fotográficas ali realizadas.
Casa de Patrimônio de Paraty
Sede do Espaço Cultural do IPHAN, a Casa de Patrimônio realiza exposições e atividades culturais gratuitas, além de contar com uma sala para exibição de filmes, que comporta 30 pessoas, também realizadas gratuitamente. Sua localização é privilegiada, na Praça da Matriz e está aberta ao público de segunda a sexta, das 9 às 17h, e nos fins de semana quando há exposições ou eventos.
Instituto Silo Cultural
Construído originalmente para estocagem de produtos agrícolas, o galpão todo feito em madeira, que estava em uma fazenda no interior de Minas Gerais, foi desmontado e doado a Luís Perequê e Vanda Mota, que o levaram a Paraty e o remontaram sobre um pavimento térreo feito em alvenaria, onde iniciaram as atividades do Silo Cultural José Kleber – primeiro nome dado ao Silo. Ali eram realizadas exposições artísticas, aulas de dança, oficina de artes, exibição de filmes e até gravação de CDs.
No ano de 2011, o Silo inaugurou um novo espaço, em um casarão antigo do centro histórico, na Rua Dr. Samuel Costa, para onde transferiu suas exposições e eventos e também sua sede administrativa.
Lá você também encontra uma loja que vende souvenirs da cultura caiçara, como DVDs, camisetas, fotografia e outros. E no antigo galpão e primeira sede do Silo, localizado na Vila D. Pedro I, ainda funcionam a escola de dança de Vanda e o estúdio artístico de Luís, ambos que valem muito a visita.
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Teatro Espaço
Com mais de 30 anos de tradição na cidade, o Teatro Espaço pertence a tradicional companhia de teatro Contadores de Estórias. Fundado no ano de 1985, pelo casal Marcos e Rachel Ribas, o teatro está localizado num antigo e belíssimo casarão do centro histórico da cidade, na Rua Dona Geralda, 42, e possui apresentação permanente da peça “Em Concerto”, com bonecos de madeira, realizada nas quartas e sábados, às 21 horas.
Além das apresentações permanentes, o teatro conta com eventos e peças de outros grupos e artistas, nacionais internacionais, com divulgação da agenda no Facebook.
Você também pode entrar no Teatro Espaço fora dos dias e horários de apresentações, caminhar e conferir as lindas obras presentes no local, que está aberto de segunda a sábado, durante todo o dia.
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Sesc Paraty
Assim como as várias unidades do Sesc espalhadas pelo Brasil, a unidade de Paraty conta com vasta programação, realizando oficinas, exposições artísticas e fotográficas, peças de teatro e shows musicais, mesmo em dias com chuva.
Se informe sobre a programação do dia diretamente na unidade, que fica na Av. Octávio Gama, 1709, Bairro Caborê ou pela página do Facebook.
Quilombo do Campinho da Independência
Se a sua viagem à Paraty for de carro, você não pode deixar de conhecer o Quilombo do Campinho da Independência. Conta a história, que todos os moradores quilombolas são descendentes de apenas três escravas libertas – Luiza, Antonica e Marcelina – que herdaram as terras da fazenda Independência, após o fim do regime escravocrata no Brasil.
A visita a comunidade quilombola, que dura em média quatro horas, consiste em uma roda de conversa, ouvindo histórias e conhecendo um pouco da dinâmica vivida pelos moradores, um passeio pela casa de farinha e pela loja de artesanato (que aliás é uma das fontes de renda que sustenta a comunidade) e encerra no restaurante, que preserva a culinária local, que já foi premiado por sites e revistas de turismo.
A Comunidade do Campinho está localizada a 20 km de Paraty, na BR 101, sobre o km 584.
O que fazer em Paraty com chuva: Fugindo do tradicional roteiro histórico
Uma boa forma de conhecer a história de uma cidade é provando um pouco de suas delícias, e Paraty apresenta um mar de alternativas, com restaurantes renomados, apresentando inclusive culinária internacional. Mas que tal fugir um pouco do óbvio e conhecer outros sabores que a cidade tem a oferecer?!
Café Pingado
Se você preferir curtir as tardes de chuva tomando um café coado na hora e comendo um delicioso pedaço de bolo, o Café Pingado será parada obrigatória. Instalado num lindo sobrado, bem no coração do centro histórico paratiense, com espaço pequeno, porém aconchegante, a cafeteria é opção certa para quem quer conhecer um pouco dos sabores da cidade.
Uma deliciosa (e tradicional) pedida é bolo Manuê de Bacia, doce típico da região feito com melado, que pode ser acompanhado de um café coado no filtro, ou pra quem é fã de algo mais doce, prove o café caiçara, passado com caldo de cana, para te esquentar em um dia em Paraty com chuva.
O Café Pingado funciona de segunda a domingo (exceto as terças), das 10 às 23h, na famosa Rua Dr. Samuel Costa, 28.
Cervejaria Caborê
Esse passeio é muito interessante, ainda mais para aqueles que apreciam uma cervejinha. Nesse caso estamos falando de uma excelente cerveja, a qual você tem a oportunidade de conhecer o processo de fabricação, e no final do passeio é convidado a degustar os chopes fabricados pela casa, o WeissBier (de trigo) é uma delícia.
O passeio pela fábrica é de quarta a sábado pontualmente às 17h e são em torno de 20 minutos e 20 pessoas no máximo. Se quiser garantir seu lugar agende com antecedência, as informações estão no site.
Ao lado da fábrica fica a choperia e restaurante que fica aberta até a meia noite. Os valores da casa são um pouco altos, mas o sabor é a altura e vale a visita. A cervejaria Caborê fica na Av. Octávio Gama, 421 – Caborê.
E por último, mas não menos importante, fazendo chuva ou sol, não deixe de provar a famosa cachaça Gabriela, produzida na região e temperada com cravo e canela. Você encontra a Gabriela nos alambiques, mercados e diversos estabelecimentos da cidade.
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